Loba

"Antes de ler o livro que o guru lhe deu, você tem que escrever o seu". Raul Seixas

sábado, 10 de julho de 2010

Something about The End



A minha vida tá uma bagunça. Em menos de dois meses tava tudo tranquilo, supimpa, pampa, etc... Eu fazia as minhas divagações de sempre. Hora reclamava da falta de oportunidade na área profissional que escolhi, hora reclamava de alguma desavença em família (em especial meu pai), tinha sempre alguma coisa para reclamar, e digo mais, se eu não reclamava, tinha algo errado.
Tinha uma pessoa que me amava muito ao meu lado, porém vínhamos passando por alguns problemas. Tivemos um relacionamento maravilhoso durante anos, mas vi tudo esfarelar em 5 meses. Culpa de ambos. Brigas, desentendimentos, desconfiança e amor. Repare: 4 "ítens" moviam meu relacionamento, dentre eles apenas 1 era bom. Como podia este pobre, sozinho, sustentar tudo aquilo? Por mais forte que possa ser o amor, ele não é capaz de prevalecer quando existe tanta coisa errada.

Quando me dei conta, existia uma bola de neve dentro de mim. Me peguei pensando em terminar 1, 2, 3 ou 4 vezes. Na 4ª vez, não hesitei e terminei. Tanta coisa ruim acontencendo fez com que todo o amor que eu tinha empedrasse e congelasse dentro do meu coração. Um sentimento enorme eu sei, e quer saber, eu ainda sinto. Sabia sim de sua dimensão mas não consegui dar-lhe um nome, isso era o que mais me incomodava. Aquela situação dos últimos tempos parece ter mascarado todo o meu carinho e por isso quis o meu tempo.

Algo terrível, para ambos. Digo que não me arrependo. E não me arrependo mesmo! Foi a melhor coisa que eu poderia ter feito naquele momento.

Com o tempo, tudo aquilo que recobria o meu grande sentimento foi desaparecendo. O tempo fez com que toda aquela coisa ruim saísse de dentro de mim. Voltei a sentir ternura.

Pensei em voltar algumas vezes. Pensei 1,2,3 ou 4 vezes. Na 4ª, não hesitei e demonstrei o meu sentimento. Recebi um "Não meu bem, that´s it".

Que banho de água fria! Que dor imensurável. Mais uma vez um sentimento sem nome. O que fazer? O que EU posso fazer? Veio a pior sensação: a impotência. A resposta? Eu não posso fazer NADA. Eu comecei isso, eu tinha que aceitar isso agora. Ele também tem seus motivos para não me querer por agora e vou respeitá-lo.

Está sendo bastante difícil aceitar esse fim que por enquanto parece ser definitivo. Mas o que eu tenho a dizer sobre tudo isso é que não me arrependo de jeito nenhum do que fiz. Se não tivesse pedido o fim, hoje poderia estar com ele, "bem", mas ainda dominada por aquele sentimento sem nome. Aquela incerteza era muito dolorosa. Prefiro o hoje. Hoje? Sofro e muito... mas não estou rodeada de incertezas e dúvidas. Estou com meu coração leve, porque acima de qualquer coisa, para mim o mais importante é não estar enganando a ninguém, inclusive a mim mesma. Hoje tenho algumas certezas e são elas que me consolam.

Aprendi que sou auto-suficiente, e não preciso de um outro alguém para ser feliz.

Aprendi que toda dor ensina alguma coisa, com certeza.

E que nada é por acaso.

Só quero que no final tudo dê certo.

[Para você, mesmo existindo o fim, meu coração ainda está aberto.]

Beijos

;*

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